Hoje é dia de rock, bebê! Dia 13 de julho é celebrado o Dia Mundial do Rock, em homenagem ao Live Aid, um festival que contou com nomes fortes do gênero, na data em 1985. Na época, o megaevento reuniu Queen, Mick Jagger, Elton John, Paul McCartney, David Bowie, U2, Kiss entre outros artistas de renome, em um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos.
Além de reunir grandes artistas da música, o festival tinha um grande objetivo por trás: combater a fome na Etiópia. Durante as 16h de transmissão dos shows, os telespectadores eram convidados a contribuir com a causa. Com tudo isso envolvido, Phill Collins, conhecido pela banda Gênesis e também sua carreira solo, expressou o desejo de marcar a data como Dia Mundial do Rock.
CONTROVÉRSIAS
Há quem discorde da data e sugere outras datas, como por exemplo, 5 de julho, quando em 1954, Elvis Presley, Scotty Moore e Bill Black gravaram uma versão de That’s All Right de Arthur Crudup. Outros também pensam no dia 9 de fevereiro, quando os Beatles se apresentaram pela primeira vez nos EUA, em 1964.
O ROCK MORREU?
E se você, assim como eu, é adepto deste gênero, saiba que aqui em Balneário Camboriú, o rock ‘n’ roll continua vivíssimo. Para o músico e produtor de shows da BC Noise e do Bunker 663, Alexandre Guilherme, apesar de Balneário Camboriú ser considerada uma cidade pequena, possui muitas bandas, assim como as cidades vizinhas, Itajaí, Porto Belo e Blumenau. Porém, apesar disso, Alexandre relata que trazer shows sempre foi um desafio.
“O maior desafio na verdade foi convencer as bandas e artistas em geral de que o Bunker 663 tinha um grande potencial para bandas de rock na cidade. Hoje, quase um ano depois, as coisas estão indo de forma mais tranquila, mas nunca foi fácil, a gente faz porque ama mesmo”, comenta.
Segundo Alexandre, o cenário musical de BC começou a se reinventar após a pandemia de covid-19. “Pouco antes da pandemia eu sentia uma cena cansada, enfraquecida, sei lá, posso estar errado, mas pelo menos na minha bolha eu sentia isso. Já hoje, em 2023, eu vejo muita banda retornando, bandas novas surgindo, sinto que o rock tá se renovando lentamente, mas está, inclusive aqui na cidade”, analisa.
Porém, os desafios para não deixar o rock morrer continuam. Para Alexandre, encontrar locais que tratam os artistas de forma digna, ainda faz parte da luta.
“Não tô dizendo ‘camarim com toalhas brancas’ [risos], mas que forneça uma condição boa pros músicos, não só financeiramente, mas o tratamento é importante. Já toquei em lugar que até água a banda tinha que comprar, muitos bares já melhoraram isso, mas alguns locais talvez não tenham a percepção e o entendimento de que músico também é profissão. Da mesma forma que eu prezo por esse tipo de tratamento, eu também quero que as bandas e artistas que passam pela minha produção também sejam bem tratados”, finaliza.
E para os nostálgicos, neste sábado, 15, Pe Lanza, ex-vocalista da banda Restart, se apresenta no Bunker 663, em Balneário Camboriú. Em apresentação única, Pe Lanza trará todo o seu carisma e hits que marcaram uma geração. A abertura fica por conta da banda Tangerine Rock, com clássicos do rock e hardcore. Ingressos pelo site Sympla.
MULHERES DO ROCK
A cantora e radialista, Juliana Tormena, é um dos ícones da cidade. Com mais de 10 anos de estrada, já passou por diversas bandas, nos mais diversos estilos musicais, porém, é no rock que Ju se encontra.
“Eu canto rock desde que me entendo por gente. O meu estilo, onde eu bebi da fonte, onde eu aprendi a cantar, foi o rock, então desde criança, sempre fui roqueira”, relembra.
Acostumada com a vida noturna da região, para Ju Tormena, o rock não morreu. “Claro que não, o pessoal adora, não pode faltar o rock, ainda mais em uma festa. Acho que em qualquer ocasião né, mesmo aquelas pessoas que são mais ecléticas, que curtem vários estilos, elas não deixam o rock de lado de jeito nenhum, não pode faltar”, finaliza.