Reclamações de pacientes sobre a demora do atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) das Nações, em Balneário Camboriú, virou “caso de polícia” na noite desta quarta-feira, 17. O relato é da moradora Roseli Rodrigues, que teve um “desentendimento” com o vigilante do local.
Ela contou à Rádio Menina FM que procurou atendimento às 20h na unidade: “Cheguei, fiz minha ficha e algumas pessoas vieram falar pra mim que estavam ali desde às 13h, 15h, e já eram 20h”. Ao ser questionada, a atendente da UPA não soube informar Roseli sobre as mais de cinco horas de espera de alguns pacientes.
“Depois disso, o vigia se meteu na conversa e começou a me falar que eu estava fazendo ‘muvuca’, que eu estava faltando com respeito com o pessoal da recepção”, comenta Roseli. Após algum tempo esperando, ela foi chamada para a triagem e, ao voltar, se reuniu do lado de fora da unidade para conversar com outras mulheres sobre a demora.
“Aí o vigia voltou lá fora e começou a xingar a gente, porque só tinha mulher ali, não tinha homem. E o pior, ele chamou a Guarda Municipal pra nós que estávamos ali conversando”
roseli rodrigues
Ouça o relato:
DIRETORA DO UPA DAS NAÇÕES REBATE CRÍTICAS
O Portal Menina entrou em contato com Aline Leal, diretora da UPA das Nações em Balneário Camboriú. Ela disse que Roseli “estava gritando na recepção e desacatou os funcionários, não deixou nem o guarda falar”. Além disso, Aline menciona que a paciente deixou a unidade antes mesmo de ser atendida.
“Nós temos câmeras de segurança e as imagens não se enquadram no relato dela. Não vou mandar os vídeos, mas se a Roseli quiser vir até a unidade, estou à disposição para conversar com ela”
Aline Leal, diretora da upa das nações
Sobre a demora nos atendimentos, a diretora pontua que todas as unidades de saúde de Balneário Camboriú e da região enfrentam uma situação crítica com casos de dengue e gripe. “Nós estávamos com três clínicos gerais e mais um pediatra atendendo”, pontua. Ouça a fala da diretora:
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Autor: Luiz Lerner, estagiário – Jornalismo