Após 33 anos sem registrar casos de paralisia infantil, o Brasil investiga uma suspeita de infecção em uma criança de três anos, moradora do Pará. O vírus foi encontrado no exame de fezes do menino, feito após a manifestação de sintomas da doença. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira, 6.
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O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, afirma que outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como a Síndrome de Guillain Barré. A criança começou com os sintomas no dia 21 de agosto, apresentando febre, dores musculares, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda. Em 12 de setembro o menino precisou ser levado à unidade de saúde pois perdeu a força nos membros inferiores.
A poliomielite não tem tratamento, mas havia sido erradicada através de vacinas. O imunizante deve ser aplicado na criança aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 15 meses e outro com 4 anos. A campanha de vacinação mais recente encerrou no dia 30 de setembro, registrando nova queda no índice de cobertura.
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De acordo com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a última vez que a vacinação contra poliomielite atingiu o índice recomendado foi em 2015. Na época, 98,29% das crianças receberam o imunizante. Em 2021, o percentual foi de 69,9%.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país vai atingir o objetivo de vacinar 95% das crianças menores de cinco anos, no entanto, até o momento a imunização está em torno dos 60%. O Ministério da Saúde informou que não há registro de circulação viral de poliomielite no Brasil. Uma equipe foi enviada ao estado do Pará nesta quinta-feira, 6, para investigar o caso.
Como ficou a região
Nos municípios da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI), a cobertura vacinal está em torno de 67,7%. Balneário Camboriú encerrou a campanha com a imunização de cerca de 69,38% do público-alvo, tendo vacinado 4.506 crianças. Já Camboriú teve a maior cobertura vacinal entre os municípios com até 100 mil habitantes em Santa Catarina. A campanha alcançou 73,05% das crianças com menos de cinco anos.
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