O Hospital Ruth Cardoso (HMRC) foi alvo de diversas críticas na manhã desta quinta-feira, 21. Os pacientes que precisaram de atendimento alegaram passar mais de nove horas esperando.
Ivo Vargas chegou no hospital às 21h e às 4h14 ainda não tinha sido atendido. “A pessoa está gritando de dor e não fazem nada, ainda falaram que tem cinco médicos atendendo”, completa.
Izabel Cristina relatou que o filho sofreu um acidente de trabalho e machucou o pé. Ela conta que chegou às 23h e às 4h ainda não tinha sido atendida. O hospital informou para ela que havia apenas um ortopedista e que ele ficava entre cirurgias e atendimentos.
Segundo Syntia Sorgato, diretora do Ruth Cardoso, os médicos não atendem somente às pessoas que aguardam do lado externo do Pronto Socorro. “Todos que entram e ficam em observação, após realização da medicação e exames, precisam ser reavaliados”, afirma Syntia. Antes de retornar à consulta com cada paciente, o médico precisa avaliar os exames e, após isso, é realizada outra consulta.
A diretora informa que para cada paciente em observação, são no mínimo três avaliações médicas: duas presenciais, inicial e final, e uma intermediária com o resultado dos exames.
“Ontem, por volta das 19h, havia mais de 50 pacientes internamente no Pronto Socorro adulto do HMRC. Considerando 15 minutos de reavaliação de cada paciente e 15 minutos de consulta devolutiva para os pacientes internos, são no mínimo 25 horas, ou seja, 5 horas para cada médico, considerando cinco médicos”, disse a diretora.
Além disso, há os casos que chegam à porta, como acidentes, que são priorizados pela classificação. A diretora ainda comenta que pacientes com classificação verde precisam procurar a atenção primária de saúde, o posto de saúde.