Quem acompanha o corre-corre diário na Avenida Brasil percebe que não é uma época qualquer, mesmo com a tímida decoração alusiva ao Dia das Mães nas vitrines é possível perceber que existe algo diferente no ar.
A busca é pelo presente perfeito, aquele que vai agradar a pessoa que nos deu a vida, a quem tanto amamos, e as opções são muitas: roupas, cestas decoradas, flores, perfumes e cosméticos são os mais comuns. Em meio a tanta variedade eu me perguntava, será que é realmente isso que as mães querem?
Aquele pensamento me levou para uma conversa que tive nesta semana com uma mãe, moradora do bairro Conde Vila Verde, em Camboriú, ela pedia uma doação muito diferente das que recebo normalmente, queria mantas e cobertas para enfrentar o frio que se aproxima. Durante o bate-papo ela me contou que após o término do casamento que durou 20 anos, a família se desfez e apesar de morarem próximos, viviam uma rotina de distanciamento, sem aquele carinho e afeto diário, que havia anteriormente no contato com os filhos.
Aquele depoimento me fez refletir, talvez eu mesmo esteja sendo um filho ausente nos últimos meses, as desculpas são muitas: a correria no trabalho, os 500 km de distância entre Balneário Camboriú e Caxias do Sul, os afazeres do cotidiano que são simples, porém tomam um grande tempo.
E me perguntando novamente o que as mães querem, eu descobri o presente de valor incalculável que toda mãe merece e que todo filho independente da condição financeira pode dar, o TEMPO.
Esteja longe ou perto da sua mãe, nesse Dia das Mães dê seu tempo para ela, dedique a maior parte do seu dia a missão de deixar ela feliz, e talvez quando você deitar a cabeça no travesseiro para dormir na noite de domingo descubra que o verdadeiro presente foi você quem recebeu, poder desfrutar do convívio e amor da pessoa mais importante do mundo enquanto vocês ainda podem.