As obras inacabadas na rua Laranjeiras, no bairro Tabuleiro, em Camboriú, vêm causando desconforto aos moradores. A obra chegou a receber a drenagem, porém na fase da pavimentação asfáltica a empresa abandonou. Os moradores usaram o programa Bote a Boca no Trombone da Rádio Menina desta terça-feira, 26, para relatar sua situação.
Segundo Ilson Rieger de Andrade, a empresa parou a obra há aproximadamente sete meses. Ele conta que sofre de rinite e está tendo crises alérgicas devido à poeira. Além disso, o empresário que é dono de uma lavanderia, relata que seu negócio está sendo impactado pelas condições da rua.
De acordo com a moradora Maria Alice, ela começou uma obra e precisou deixar o entulho dentro de casa, pois não podia solicitar uma caçamba e deixar na rua. Recentemente, ela decidiu pintar a residência, mas isso se tornou um problema devido à poeira na rua. “Eu limpo a casa e, meia hora depois, já está tudo sujo de novo”, completa.
A empresa terceirizada responsável pela execução da obra na rua Laranjeiras não está cumprindo o contrato estabelecido com a prefeitura. O secretário de Planejamento Urbano de Camboriú, Claudinei Loos, em entrevista ao Bote a Boca no Trombone desta quarta-feira, 27, respondeu às demandas da população.
“Era uma rua com calçada de lajota, uma das melhores ruas de Camboriú, e o prefeito Élcio resolveu fazer melhorias, onde a lajota foi retirada para receber a pavimentação asfáltica. Essa situação dura há um ano”, disse o secretário.
Questionado sobre as medidas tomadas para reverter essa situação, Loos informou que tem ligado insistentemente para a terceirizada e enviado notificações para que concluam a obra.
“A população precisa entender que, uma vez licitada a obra, é responsabilidade da empresa. Nossa responsabilidade é fiscalizar e cobrar, como já estamos fazendo”, afirmou.
O prazo estabelecido para a conclusão da obra pela empresa era de seis meses. Segundo Claudinei, cancelar o contrato torna-se mais complicado, pois exigiria abrir uma nova licitação.
Loos informou que a empresa ainda não recebeu o pagamento pela obra. “No setor público, primeiro você presta o serviço, e depois, mediante fiscalização da prefeitura, é realizado o pagamento pelo serviço prestado”, disse.
Enquanto a comunidade aguarda a prefeitura cobra a empresa, porém ainda não tem um prazo estabelecido para o fim das obras.