Algumas unidades de ensino de Balneário Camboriú e Camboriú têm gerado diversas reclamações por conta de supostos problemas envolvendo a falta de professores e de manutenção, por exemplo. O programa Bote a Boca no Trombone, da Rádio Menina FM, recebeu nos últimos dias muitos relatos de mães e buscou respostas com os responsáveis pela Educação em cada município.
Uma das denúncias, anônima, informa sobre a precariedade da cerca de proteção do CEM Taquaras, em Balneário Camboriú. “Desde 2019 a gestora vem protocolando documentos solicitando a construção do muro e fica só na promessa”, relata o ouvinte, que complementa: “Já pegamos até criança escapando por debaixo da cerca, onde passa até um adulto”. O vídeo a seguir ilustra o problema:
Sobre o caso, o secretário de Educação de Balneário Camboriú, Marcelo Achutti, confirmou a inexistência do muro alegando que “vai ser feito sim”. Ele argumentou, ainda, que no local há um segurança armado durante 12 horas por dia.
Já a ouvinte Caroline Sousa, mãe de uma criança que estuda no NEI Sonho de Criança, comenta que a escola é ótima, mas que não estaria recebendo manutenções. “O espaço já é pequeno e os brinquedos estão estragados, sem cor. A escola toma chuva, não tem cobertura. As professoras precisam arrecadar dinheiro para fazer essas coisas na escola”, detalha a mãe em áudio:
Achutti rebateu: “Não é verdade! Foi feita a manutenção do NEI Sonho de Criança em novembro ano passado. Mas estou à disposição para ir com esta mãe até a unidade pra gente ver estas melhorias”. O argumento do secretário foi complementado pela fala da gestora da unidade, Sônia Molz, que contrariou a reclamação de Caroline:
Em Camboriú, as denúncias foram voltadas principalmente à falta de professores. Alexandre Macelai, ouvinte da Menina FM, relatou em áudio que no CEI Maria Bittencourt Saut, no Centro, estaria sem professores e que, por conta disso, as monitoras precisam “se desdobrar para cuidar das crianças de manhã e à tarde”.
Quem também reclamou sobre a educação no município foi a mãe Vanessa Barcelos. Ela contou que já faz quase um mês desde o começo do período letivo e a filha dela ainda não iniciou os estudos: “ela está na fila de espera para o GEM Professor Joaquim Magalhães, tem 21 pessoas na fila de espera”. Segundo Vanessa, “a secretária de educação alega que não tem professor, isso é um absurdo”.
Maria Alice, secretária de Educação de Camboriú, respondeu às demandas durante o Bote a Boca no Trombone desta sexta-feira, 8. “No Joaquim Magalhães eu não tenho conhecimento de fila, todas as crianças estão na unidade, até vou verificar, mas isso não foi nos passado”, ela detalha.
A secretária informou ainda que novos professores estão sendo chamados, inclusive que recebeu “do controle da prefeitura mais 30 liberações”. Além disso, um novo chamamento deve ser feito na tarde desta sexta-feira. Na visão de Maria Alice, muitas prefeituras da região estão contratando professores neste momento, então há uma movimentação maior de docentes que entram e saem dos cargos. Ouça a fala na íntegra:
Autor: Luiz Lerner, estagiário – Jornalismo