O Centro de Educação Infantil (CEI) Lea Leal de Souza foi invadido por um homem na tarde desta segunda-feira, 6, no bairro Barra do Rio, em Itajaí. Ele fugiu do local com a arma da vigilante da creche após um tiro acidental, que não atingiu ninguém. O episódio deu destaque ao debate sobre o preparo e instrução dos guardas que atuam no ambiente educacional ou privado.
relembre o caso
Conforme o presidente do Conselho Nacional da Segurança Privada (Conasep) em Santa Catarina, Anderson Café, os vigilantes costumam ter uma formação que dura apenas 20 dias. “Por ser tudo muito rápido, acabam acontecendo situações como essa”, ele declara. Na visão da entidade, o curso para vigilante privado deveria ser de no mínimo seis meses.
“Não é somente chegar no posto de trabalho e trabalhar, todo agente de segurança precisa ter em mente que precisa estar preparado para situações adversas”, completa o representante. Outro ponto discutido por Café é o porte físico dos guardas, que por vezes estão acima do peso e fora de forma – “não precisa ir pra uma academia pra se condicionar”.
Para ele, a situação se agrava quando as empresas “não tomam conhecimento, simplesmente pegam o contrato e colocam a pessoa para trabalhar”. A solução, segundo Anderson, é lutar por mais exigências para quem deseja ingressar na profissão.
“A conscientização sobre os vigilantes vem de nós, já que muitos entram na profissão porque sempre tem emprego, além de ser um trabalho fácil pra muitos”
anderson café, presidente do conasep em santa catarina
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Autor: Luiz Lerner