Os dados da Secretaria de Proteção e Defesa Civil apontam que o fenômeno continuará interferindo na região sul do Brasil ao longo do verão. Janeiro, fevereiro e março terão períodos em que as chuvas ficarão dentro ou até abaixo da média a depender da região do estado. Com relação as temperaturas, elas permanecerão acima da média em todo o trimestre.
O meteorologista-chefe da Secretaria de Proteção, Felipe Theodorovitz, explicou que a diminuição de temperatura é esperada a partir de março e abril. “A partir de março, abril a gente começa a entrar já na estação do outono. É esperado que algumas frentes frias, algumas massas de ar frio comecem a ingressar e a influenciar o tempo aqui no nosso estado. A partir desse período já é normal que tenhamos uma diminuição das temperaturas com relação aos meses anteriores e partindo pro outono e pro inverno com as massas de ar ficando inclusive mais frequentes”.
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Além disso, ele pontuou que o El Niño e a La Niña são fenômenos de escala global que trazem algum tipo de impacto para todas as regiões do globo terrestre. Isso mexe com padrões de temperatura e de chuvas. O El Niño age tornando as águas do Oceano Pacífico Equatorial mais aquecidas e também altera o padrão de circulação dos ventos na atmosfera.
“A La Niña ocorre o contrário: as águas do Oceano Pacífico Equatorial esfriam mais do que o normal e esse resfriamento também altera o padrão de circulação dos ventos na atmosfera. Em Santa Catarina, a tendência é que a gente tenha uma frequência menor das chuvas e também a intensidade desses volumes tendem a diminuir”, complementou Theodorovitz.
Texto: Pedro Gaya (estagiário de jornalismo)