No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste domingo, 5, dados da International Solid Waste Association (ISWA) revelam que apenas 4% dos resíduos com potencial de reciclagem realmente recebem este destino no Brasil. Em comparação a países no mesmo patamar de desenvolvimento, como Chile e Turquia, o valor é quatro vezes menor, já que nestes a média de reciclagem é de 16%. Em países desenvolvidos como a Alemanha, o índice chega a 67%.
Apesar do pouco índice de reciclagem, pesquisas apontam que mais de 74% dos municípios brasileiros registram ações de conscientização e iniciativas para reciclagem, mas cerca de 1.500 cidades ainda não têm nenhuma iniciativa de coleta seletiva. Apesar dos números, muitas prefeituras ainda não conseguem fazer com que todo o material retorne para o ciclo produtivo.
No período da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021, foram 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados, sendo que os materiais secos representam 33,6% do total. Apesar de os materiais secos terem aumentado sua participação nos resíduos, o orgânico ainda predomina, com mais de 37 milhões de toneladas por ano.
De acordo com a pesquisa, os resíduos recicláveis secos são compostos principalmente pelos plásticos (16,8%, com 13,8 milhões de toneladas por ano), papel e papelão (10,4%, ou 8,57 milhões de toneladas anuais), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Os rejeitos, correspondem a 14,1% do total e contemplam, em especial, os materiais sanitários, não recicláveis. Em relação às demais frações, a sondagem mostra que os resíduos têxteis, couros e borrachas detêm 5,6% e outros resíduos, 1,4%.
Fonte: Agência Brasil