O dia 14 de abril é dedicado aquela bebida que não falta na mesa dos brasileiros: o café. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o país é o segundo consumidor global do produto. Em 2020, foram consumidas 21,5 milhões de sacas de 60 kg e a região sul do Brasil aparece na terceira colocação, com 17% de todo o consumo.
Para os adeptos do famoso cafezinho, que apostam na bebida para dar mais energia e disposição, o médico endocrinologista Frederico Marchisotti, destaca que entre os benefícios para a saúde, é possível ressaltar o aumento na atenção, concentração e memória. “Muitas vezes é usado por estudantes em épocas de provas. Estas reações são muito individuais e existem pessoas que apresentam maior ou menor sensibilidade aos efeitos do café”, explica.
Além das vantagens já conhecidas, Marchisotti comenta que estudos mostram que o consumo moderado de café, pode reduzir o risco de desenvolver diabetes e doença de Parkinson, também relacionado ao menor risco de câncer de fígado e menor risco de depressão.
Moderação, é a recomendação dos médicos, pois como para qualquer alimento ou medicamento, a diferença está na quantidade ingerida. Recomenda-se a ingestão de no máximo três a quatro xicaras de café por dia, sendo café torrado e moído (coado ou filtrado).
O café expresso tem maior quantidade de cafeína por ser mais concentrado, assim, a quantidade teria que ser menor. Importante citar que ao usar prensa francesa ou uma cafeteira turca, uma substância chamada cafestol não é removido. O cafestol pode aumentar o colesterol ruim (LDL).
O CAFÉ FAZ MAL?
O endocrinologista faz um alerta quanto ao consumo de café para pessoas que têm insônia, gestantes, crianças, cardiopatas, portadores de refluxo gastresofágico, glaucoma, mulheres com osteoporose, diabéticos descompensados e pacientes com ansiedade.
“O café, principalmente se tomado à noite pode provocar ou piorar a insônia. Uma quantidade maior que quatro xícaras por dia em gestantes já mostrou, em um estudo, provocar redução do peso do feto ao nascimento. O uso a longo prazo e frequente de substancias estimulantes, como a cafeína, podem prejudicar o desenvolvimento do sistema nervoso de crianças. Lembro que refrigerantes e energéticos também contêm cafeína”, explica o médico.
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