O pronto-socorro de um hospital é destinado para as pessoas que necessitam de atendimentos de urgência ou emergência. Porém, muitos procuram o local, mesmo quando não há necessidade. Essa é uma problemática que o Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC), de Balneário Camboriú, tem enfrentado.
A diretora da unidade, Syntia Sorgato, declara que os casos de urgência e emergência são de doenças crônicas agudizadas, como crise convulsiva descontrolada ou de uma pessoa que nunca teve, uma crise hipertensiva com sintomas persistentes, diabetes descompensada, dor torácica persistente, falta de ar intensa ou ainda uma reação alérgica forte. Outras situações que podem ser graves são de fraturas com corte e sangramento, quedas, cólicas renais, ferimentos por arma de fogo ou por arma branca e queimaduras.
Muitas vezes, as pessoas buscam o atendimento imediato por sintomas de muitos dias ou situações que não são urgentes ou emergentes. “O primeiro lugar que as pessoas têm que procurar é a Unidade Básica de Saúde, o posto de saúde mais próximo da sua residência. O que a gente vê na porta do Hospital Municipal Ruth Cardoso adulta é que 50% dos casos são leves, de classificação verde, que poderiam ser atendidos no posto de saúde”, explica Syntia.
A porta de entrada do Sistema Único de Saúde pela Lei do SUS é a Unidade Básica de Saúde (UBS). Portanto, todas as consultas de rotina, de acompanhamento da saúde do paciente e de doenças crônicas são acompanhadas por meio desses locais.
A diretora do Hospital Ruth Cardoso afirma que nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município, 70% a 80% dos casos são de classificação verde. Conforme o protocolo catarinense de acolhimento com classificação de risco, os casos de urgência e emergência sempre vão ter prioridade de atendimento, pois apresentam risco à vida.
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“Isso também faz com que a equipe tenha que dividir o foco entre os casos urgentes e de emergência, que são os que precisam de atendimento rápido, com os casos que não são urgências e emergências e tem que esperar. E, às vezes, esperam horas e aí as pessoas ficam descontentes, com a demora, porque elas não estão na porta adequada. E nos municípios vizinhos isso também acontece, porque mais de 50% do nosso atendimento é para os municípios da região”, complementa. Confira o áudio explicativo da diretora do HMRC:
Não tenho sintomas graves, qual local de atendimento devo procurar?
Pessoas com sintomas leves ou que já perduram por alguns dias, como uma virose sem sinais muito intensos, uma doença viral respiratória, sem falta de ar, por exemplo, são casos que podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde do município.
Para os casos de suspeita de dengue, os moradores de Balneário Camboriú podem procurar o Centro de Referência da Dengue, anexo ao hospital municipal, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
Outra opção que contribui para diminuir o tempo de espera é o serviço da telemedicina. Syntia repassa informações sobre a tecnologia disponível para facilitar o atendimento médico à população de Balneário Camboriú. “Existe à disposição a telemedicina por contato 0800 ou pelo QR Code, a pessoa já fala direto com a telemedicina e fica em fila de espera e o atendimento é muito mais rápido do que na porta do pronto-socorro. E aí esse atendimento a pessoa pode fazer sem sair da sua casa.”