Resolver o problema da superlotação nas unidades de saúde de Balneário Camboriú é uma das prioridades do novo secretário municipal da pasta, o vereador e até então secretário de Articulação Omar Tomalih. Segundo ele, o caminho para desafogar o sistema está na modernização dos atendimentos, “deixando de ser analógico e passar ao digital”. No entanto, sendo o Ruth Cardoso o único hospital de referência na região, o problema pode estar longe de uma solução.
Durante o Bote a Boca no Trombone desta terça-feira, 11, o secretário, anunciado na quinta-feira, 6, afirmou que desde esta segunda trabalha em conjunto ao corpo técnico da pasta para “cuidar de quem cuida das pessoas”. A Saúde vinha de três indicações técnicas seguidas. Tomalih é político, mas afirma que a indicação também é técnica.
“Antes de ser secretário, estou como vereador. Sempre estive próximo, com olhar mais crítico, para a Saúde. O hospital Ruth Cardoso é um grande problema. Atendemos a região inteira. Se formos hoje lá, 40% é de Balneário e 60% de fora. Quando o prefeito determinou atendimento apenas local, o Ministério Público entrou na Justiça e fizeram abrir”, disse.
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Esta simbiose tornaria possível, segundo Tomalih, uma articulação entre os demais secretários municipais de Saúde da região e o governo do Estado para retomar o projeto de construção de um hospital regional em Camboriú. Desde o início da campanha, Jorginho afirma que não daria continuidade no projeto da unidade hospitalar, anunciada por Moisés (Republicanos). Próximo do prefeito Fabrício Oliveira (PL), presidente municipal do partido de Jorginho, Omar costura reuniões junto ao governo do Estado para pleitear a retomada das negociações.
“Marquei uma reunião com a secretária Carmen [Zanotto] para a semana que vem. Estou buscando contato com secretários da região, de Itapema, em especial, e vamos tentar dialogar e vou me colocar à disposição para o que for preciso. Vamos tentar ir até o governador para resolver a situação deles, para fazer nossa parte”, promete.
Outro ponto que envolve o Ruth Cardoso que consta na agenda do secretário é a terceirização da unidade. Ele afirma, no entanto, que o trâmite deve ser visto com calma para não repetir erros do passado.
“Temos o prazo para resolver até o fim de agosto. Terei, hoje, uma reunião com o pessoal do hospital para ver em que pé está isso, como está a situação do edital. A experiência de quando a Cruz Vermelha assumiu o hospital faz com que tenhamos cuidado em todos os detalhes para não cometer o mesmo erro. Tem muitas empresas que são franco-atiradores, e não podemos cair neste erro”, finaliza.