O projeto do Parque Inundável Multiuso pretende garantir a segurança hídrica para os moradores de Balneário Camboriú e Camboriú. O local servirá como uma reserva artificial.
Atualmente, o projeto está em fase de estudo para, posteriormente, solicitar a Licença Ambiental de Instalação (LAI) ao Instituto do Meio Ambiente. Enquanto isso, também há conversas para a captação de recursos que devem garantir o terreno em que o Parque Inundável ficará localizado.
De acordo com o engenheiro sanitarista da Empresa de Águas e Saneamento Básico (Emasa), que é responsável pela implantação do Parque Inundável, Felippo Brognoli, o passo mais importante é garantir a área que será construída a barreira. Segundo ele, o que mantém o parque viável é um decreto que prevê o local como área de utilidade.
“Há projetos de condomínios para o local que estão impedidos pelo decreto. Se for permitida a construção de qualquer outro empreendimento, o projeto é inviabilizado da forma como foi concebido, necessitando alterar para uma concepção muito mais onerosa para atingir os mesmos resultados”.
Inclusive, o engenheiro ressalta que a primeira concepção do parque teria sido em 2010 e contemplava mais metade da área do projeto atual. “Devido à demora das tomadas de decisão dos entes públicos, foram permitidas a construção de loteamentos na área que seria o parque. Inclusive, estes loteamentos sofrem constantemente com inundações”.
Com a compra da área que será implementado o Parque Inundável e a obtenção da LAI, pode-se iniciar as obras que tem previsão de 30 meses de execução. Para isso, também será necessário abrir uma licitação para a empresa que fará o dique (barreira). “Neste período será o prazo para obtenção da Licença Ambiental e Operação (LAO) e desapropriação do restante das áreas do parque, que serão inundadas pelo dique”.
A grande obra
O Parque Inundável Multiuso será implantado em uma região de confluência dos rios do Braço e Canoas, que formam o rio Camboriú. No local, há uma área de várzea, que, atualmente, já é inundada em épocas de cheia, quando o rio Camboriú sai da calha.
O empreendimento prevê potencializar a função de inundação, contendo as cheias por meio dos diques (barreiras), impedindo, assim, que a água chegue em áreas urbanizadas de Camboriú e Balneário Camboriú. “Além da contenção de cheias, haveria um volume de reserva permanente que seria destinado a aumentar em 50% a disponibilidade hídrica do Rio Camboriú, o único manancial das duas cidades”.