O projeto de lei que busca coibir arquitetura hostil em prédios públicos de Balneário Camboriú esteve em discussão na Câmara de Vereadores na última quarta-feira, 21. O projeto de lei N.º 92/2022, denominada de Padre Júlio Lancellotti é de autoria do vereador Eduardo Zanatta (PT), e tem como objetivo impedir a construção ou instalação de materiais, estruturas ou equipamentos com objetivo de afastar ou impedir que moradores de rua possam dormir no local. A lei se aplicaria a praças, ruas, calçadas e edifícios dos órgãos públicos.
Segundo o vereador, o intuito é que Balneário Camboriú seja uma cidade acolhedora para pessoas em vulnerabilidade social, que não tenham onde ir. “Que não possa colocar objetos para prejudicar que aquele local sirva como descanso ou abrigo em um momento de necessidade”, explica Zanatta.
Zanatta ainda defende políticas públicas mais eficazes no auxílio aos moradores de rua. “O projeto visa mostrar que Balneário tem acolhimento para as pessoas em situação de rua, que se tiver o devido encaminhamento, depois nas politicas de assistência social”, comenta.
APOROFOBIA
O conceito de aporofobia surgiu há pouco tempo, e resumidamente, significa aversão ou desprezo por pessoas em situação de pobreza. O nome do projeto é batizado em homenagem ao padre, pois, segundo Zanatta, é o principal nome brasileiro no combate a aporofobia.
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