A segurança hídrica de Itajaí foi afetada diversas vezes durante o ano de 2023. Baixa no abastecimento e a falta total de água foram relatadas frequentemente pela comunidade. Com captação no rio Itajaí-Mirim, Itajaí sofreu devido, principalmente, à turbidez do rio causada pelo acúmulo de materiais que descem pelo canal de outros municípios.
Segundo o diretor de saneamento do Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura de Itajaí (Semasa), Ervino Ribeiro, as cidades acima, como Vidal Ramos, Botuverá e Brusque, não possuem tratamento de esgoto. Além disso, há municípios rurais, que quando têm grandes chuvas materiais são carregados pelo rio.
“O rio Itajaí-Mirim é um tesouro dentro do município de Itajaí, mas vem de regiões grandes, com muitos entulhos. Sempre será o rio [Itajaí-Mirim] que vai abastecer as cidades. Tem que fazer um trabalho para que esses municípios acima façam um tratamento de esgoto que facilitará nosso tratamento”.
De acordo com o diretor, uma das soluções cabíveis atualmente para Itajaí reduzir os impactos da turbidez e, consequentemente, a falta de água na cidade, é a criação de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA).
“Estamos trabalhando com 99% da capacidade. Temos que ampliar a capacidade. Só analisar o tanto de construções novas na cidade. Nós estamos com o projeto pronto e apresentamos, por meio do PAC, a criação da nova ETA. Vai ficar próxima do sistema de captação, dando um aumento na produção”.
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Outros projetos também estão sendo trabalhados por parte do Semasa, como a criação de dois reservatórios na Praia Brava, que sofre constantemente com a falta de água pela distância da ETA.
Além disso, outros projetos também estão à vista. “Temos um projeto pronto para licitar que seria um sistema de ultrafiltração através de contratos de aluguéis das ETAs. Vem em contêiner e paga um X, produzindo água. É um pouco mais moderno. Existe um problema nesse sistema com água em turbidez, mas produz água muito mais rápido”, explica.
É fundamental, também, segundo o diretor, que novas adutoras sejam implementadas na cidade. De acordo com Ribeiro, os projetos estão prontos, aguardando os financiamentos e demais recursos para que se inicie em 2024.
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