O uso excessivo do celular pode gerar diversos impactos na saúde, desde transtornos psicológicos, neurológicos, intestinais e de coluna. Uma pesquisa de saúde pública da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, publicada no periódico American Journal of Health Promotion, indicou que o tempo gasto em lazer no celular, computador ou tablet passou de 1,7 hora para 2,2 horas por dia. A mesma pesquisa mostra que adultos ficam, no mínimo, três horas no celular diariamente e esse tempo excessivo pode acarretar problemas que se refletem no corpo todo.
O ortopedista Antônio Krieger destaca que as horas passadas de olho na tela podem alterar também a postura de forma definitiva. A posição do pescoço no momento em que ficamos com o smartphone na mão ou até mesmo no notebook pode causar dores crônicas. Uma cabeça média pesa 6 kg quando na posição normal e alinhada à coluna. Mas, ao inclinar a cabeça em 15 graus, esse peso dobra e, dependendo da postura da pessoa, ela pode fazer uma sobrecarga de 30 kg.
Quem não faz nenhum trabalho para fortalecer essa musculatura, a médio e longo prazo, vai desenvolver artrose de coluna ou calcificação. A dica para evitar esses problemas é manter as telas na linha do horizonte, regular a postura do corpo durante a utilização desses aparelhos e praticar atividade física regularmente. O exercício físico é nosso maior aliado. Assim conseguimos manter a saúde do corpo e da coluna, pois com ele fortalecemos a musculatura e o alongamento e isso ajuda a prevenir dores e o desgaste precoce.
Saiba mais sobre isso na entrevista com o ortopedista Antônio Krieger no Jornal da Menina desta segunda-feira (27).