Entre os diversos assuntos polêmicos que permeiam no Brasil, um deles é sobre o que o professor pode ou não falar em sala de aula. Atualmente, uma das preocupações dos pais é o medo da chamada “doutrinação” de alunos. Na última semana o assunto retornou aos holofotes após um professor de ciências ser afastado de uma escola da rede pública de Balneário Camboriú por fazer críticas ao atual Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e comparar com o governo do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A historiadora, especialista em história social, Mestre em Educação e professora, Fabiana Nicolau, explica que doutrina é ensinar e instruir um conjunto de ideias que são fundamentais para um sistema político, religioso e econômico.
“O que eu vejo, é que a palavra doutrinação aliada ao espaço da sala de aula – seja na universidade ou escola – se tornou algo extremamente pesado e negativo. O que eu percebo em sala de aula é que se você toca em determinados temas, determinados assuntos e a maneira que estes assuntos são abordados, alguns pais entendem que isso acaba sendo levado para uma ‘doutrinação’”, esclarece.
Outro ponto destacado é referente a teoria, que são conjuntos de conhecimentos relacionados a determinado problema de interesse. “Existem teorias no campo econômico, no campo da história, no direito, na ciência social, na biologia, medicina, enfim, existem teorias. Teoria é uma coisa, doutrina é outra e doutrinação está fora disso tudo”, ressalta. Fabiana ainda reforça que doutrinação é diferente de teoria, diferente de opinião e o fato de alguém emitir uma opinião não está necessariamente doutrinando.
Vale ressaltar que todo conteúdo ensinado em sala de aula é determinado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Os professores não escolhem o material didático, todo material é escolhido pela coordenação e direção.
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