Uma professora da rede municipal de educação infantil de Balneário Camboriú, que preferiu não se identificar, denunciou a falta de professores de apoio para crianças com necessidades especiais durante sua participação na Rádio Menina. Segundo a educadora, a situação tem se tornado insustentável devido ao aumento significativo de alunos com laudos médicos, principalmente de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A prefeitura não está fornecendo o suporte necessário para que a inclusão aconteça de forma adequada, não há contratação suficiente de professores ou profissionais de apoio para atender essa demanda”, relata a denunciante.
Atualmente, a professora trabalha em uma turma de maternal II, composta por crianças de três anos, onde uma delas possui diagnóstico confirmado de TEA e outras quatro estão em processo de investigação. “É humanamente impossível para uma professora dar conta das necessidades específicas dessas crianças em uma turma tão grande”, disse.
Ela informou que em conversa com a diretora do departamento de educação especial do município, Nádia Regina Moser Fantini, foram revelados dados alarmantes sobre o aumento de casos de crianças com necessidades especiais. “Precisamos de novas contratações, mas até agora, a prefeitura não fez o suficiente. Ficamos sabendo que sete profissionais foram chamados recentemente, mas isso está longe de atender a demanda do município”, afirma.
A situação se agrava quando famílias tentam buscar ajuda diretamente na Secretaria de Educação, relata a profissional. “Fui até a secretaria com a mãe de uma das crianças diagnosticadas e, infelizmente, fomos informadas que cada caso está sendo analisado individualmente devido à falta de profissionais especializados suficientes para atender a todos”.
A professora afirma que as professoras estão sobrecarregadas e frustradas, pois não conseguem oferecer a atenção que essas crianças precisam.
Segundo a Secretaria de Educação de Balneário Camboriú, a rede municipal possui 47 Professores de Atendimento Especializado distribuídos em 18 Salas de Recursos Multifuncionais, além de 272 Auxiliares de Apoio Pedagógico em Educação Especial.
A secretária, Elisabete de Almeida Souza, afirma que o processo de chamamento para novos profissionais está acontecendo semanalmente, mas há dificuldades devido à ausência de candidatos em muitas convocações.
2 comentários
Estamos com concurso vigente para auxiliar de apoio pedagógico em educação especial, e nada da prefeitura convocar os aprovados!! Como eles falam que falta profissionais?
Não param profissionais nas unidades!
Porque?
Remuneração muito baixa!
Falta de formação adequada!
Precarização dos espaços físicos (não há materiais e espaços)!
Humilhações constantes por outros professores e gestores de unidades!
Dentre outros….
Chamados foram 430 ou mais para ocupação de 267 vagas, então preciso refletir sobre essas questões! sem contar que as professoras especialistas deixam os alunos na não dos professores de apoio . secretaria de educação precisa rever esses especialistas que tem esse comportamento logico que não são todos porem uma maçã podre estraga o resto.