O estado de Santa Catarina registrou o menor índice de analfabetização do Brasil. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o Censo Demográfico de 2022. Apenas 2,7% dos habitantes acima de 15 anos ou mais não sabem ler e escrever no estado.
O último censo feito foi no ano de 2010 e Santa Catarina apresentava 4,1% da população analfabeta. Nos dados deste ano, o estado catarinense ultrapassou o Distrito Federal, que em 2010, liderava a lista. Agora o estado catarinense apresenta a menor taxa de analfabetismo, liderando o ranking com 2,7%, seguido do Distrito Federal com 2,8%, São Paulo e Rio Grande do Sul empatados com 3,1% e o Rio de Janeiro com 3,3%.
Santa Catarina também tem a cidade do país com a menor taxa de analfabetismo. São José do Oeste, um município do Extremo-Oeste com 6.295 habitantes, apresenta 99,1% da população alfabetizada. A cidade de Florianópolis é a capital brasileira com a menor taxa de analfabetismo, além de liderar o ranking na comparação com cidades acima de 500 mil habitantes.
Alfabetização nos municípios da Amfri
Os índices do IBGE apontam bons números na alfabetização da população nos municípios da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). Em Balneário Camboriú 98,81% das pessoas de 15 anos ou mais são alfabetizadas. O município lidera o ranking na Amfri, seguido por Itapema com 98,14%, Bombinhas e Itajaí com 98,12%, depois Camboriú e Penha com 97,85%, Porto Belo 97,69%, Balneário Piçarras 97,49%, a cidade de Navegantes 97,31%, Luiz Alves 96,92% e, por último, Ilhota com 96,16% da população alfabetizada.
Os maiores índices de analfabetismo são entre pretos e indígenas
Mesmo com a menor taxa, os maiores índices de analfabetismo em Santa Catarina são entre pretos e pardos. Esse grupo representa 18,6% da população no estado e são 36,4% do total de analfabetos em Santa Catarina.
Os índices de analfabetismo entre pardos é de 4,2%, pretos 4,4% e indígenas 8,2%, enquanto brancos é 2,2 % e amarelos 1,8%. Dos 165,2 mil catarinenses que não sabem ler, nem escrever: 103,6 mil são brancos, 48,6 mil são pardos, 11,6 mil são pretos, 1,1 mil são indígenas e 190 são amarelos.
Matéria por: Camili Guckert – estagiária de Jornalismo