Embarcar numa grande aventura pelo litoral brasileiro a bordo de um veleiro, esse é o objetivo dos amigos Joicimar de Aviz, 61 anos e Ernest Colentz, 46 anos, que na tarde de segunda-feira, 7, saíram de Balneário Camboriú com destino a ilha de Fernando de Noronha.
Navegadores de longa data, essa não é a primeira vez que a dupla veleja por longas distâncias, no ano passado eles foram até Vitória no Espírito Santo. Dessa vez, os amigos vão ainda mais longe numa viagem que somando ida e volta vai ultrapassar 6 mil quilômetros.
O responsável por levar a dupla nessa aventura em alto-mar é veleiro de aço 40 pés, Victor 1. De acordo com Aviz, a embarcação conta com equipamentos modernos garantindo aos amigos a segurança e comodidade necessária para realizar a viagem sem a necessidade de uma tripulação.
“Ele é todo feito em aço, são três desses no mundo, tem um aqui no Brasil, outro no Canadá e um na Nova Zelândia. Esse barco tem uma peculiaridade, ele pode ser operado durante uma volta ao mundo por uma pessoa só, porque geralmente um equipamento desses precisa de uma tripulação e mesmo ele tendo o tamanho de 40 pés, uma pessoa só, sem a necessidade de uma tripulação consegue operar”, destacou.
O veleiro também conta com dois comandos, o tradicional na parte externa e um interno que permite a condução da embarcação, mesmo em meio a fortes tempestades.
Preparação para viagem
O primeiro desafio aconteceu antes mesmo do embarque, Aviz conta que devido a uma mudança no sistema da Marinha do Brasil, ele e o amigo precisaram realizar uma prova para aumentar o nível da habilitação náutica de ambos.
“Estudamos igual uns loucos, porque quem conhece sabe o quanto é complicada a teoria, a prática a gente tem, mas a teoria é complexa, fizemos a prova e passamos”, recorda.
Perigos em alto-mar
O mar esconde muitos perigos, além dos riscos de enfrentar condições climáticas adversas e encontrar pedaços de árvores e materiais que podem danificar o veleiro, também despertam a atenção dos navegadores os cada vez mais frequentes ataques de baleias orcas.
“As baleias estão desenvolvendo uma técnica, por mais incrível que pareça, de arrebentar o leme dos veleiros, até então não se sabe o motivo, mas isso vem acontecendo no mundo inteiro”, alerta Aviz.
Outra situação que pode comprometer a viagem são os piratas, que ao contrário dos personagens de filmes e histórias, os piratas modernos, usam equipamentos de última geração para localizar e roubar embarcações em alto-mar.
“Poucas pessoas sabem, mas na costa brasileira são inúmeros incidentes com piratas, não são aqueles com olho de vidro e perna de pau, é o cara que tem equipamento eletrônico faz diagnóstico do barco que está velejando e utiliza essas informações para abordar e assaltar”, salienta.
Joicimar e Ernest não tem pressa, eles pretendem fazer paradas durante o caminho aproveitar as belezas do nosso litoral, e se tudo der certo, a viagem até a ilha de Fernando de Noronha deverá demorar um mês, e nós vamos acompanhar os melhores momentos na programação da Rádio e Portal Menina.
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