A antiga vila de pescadores, apelidada pelos tupi-guarani de Rio das Pedras, está prestes a completar 164 anos de história. Itajaí, localizada na foz do rio Itajaí-açu e considerada a Capital Nacional da Pesca, traz consigo uma herança histórica rica, tendo recebido diversos povos colonizadores que contribuíram para a cultura local.
Fundada oficialmente em 15 de junho de 1860, a cidade se desenvolveu ao longo dos anos, passando de uma pequena vila de pescadores a um importante centro urbano e econômico.
Cultivando a cultura do município
Devido à colonização por portugueses e açorianos, a cultura de Itajaí é fortemente influenciada por esses povos e permanece viva até os dias atuais.
Um reflexo disso são as festas tradicionais, como a Marejada, que celebra a cultura portuguesa e açoriana com muita música, dança e gastronomia típica. Além disso, o município abriga o Festival de Música de Itajaí, que atrai músicos e apreciadores de diversas partes do país.
O patrimônio cultural de Itajaí também é visível em sua arquitetura, que mistura influências coloniais portuguesas e europeias, resultado da imigração de alemães, italianos e outros grupos étnicos.
Patrimônios históricos
Ao caminhar pelas ruas de Itajaí, é possível encontrar estruturas que contam a história da cidade. Ao todo, são 19 bens tombados que continuam preservados em meio aos muitos novos empreendimentos que surgem na cidade.
Entre eles estão a Casa Malburg (onde funciona a Receita Federal), a Casa Burghardt, a Casa Konder, o Mercado Público, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, a Fábrica Renaux (atual Biblioteca Pública Municipal), a Casa Lins (Arquivo Público), o Grupo Escolar Victor Meirelles (Casa da Cultura Dide Brandão), a Estação Ferroviária Engenheiro Vereza (Museu Etno-Arqueológico), o Hotel Rota do Mar, a Casa Almeida e Voigt, o Palácio Marcos Konder (Museu Histórico), a Capela Santa Terezinha (Cabeçudas), a Sociedade Sebastião Lucas, a Igreja da Imaculada Conceição, a Antiga Fiscalização dos Portos, a Casa Bauer, a Figueira do Colégio São José e as Palmeiras da Rua José Gall.
Lendas da cidade
No livro “Histórias de Itajaí”, o escritor Magru Floriano traz contos que ouviu de seu avô Doca (Cândido Antônio Garcia). Em uma das histórias, ele cita os tesouros enterrados e roubados da cidade.
Floriano relata que já mais velho foi procurar a veracidade das histórias e encontrou uma delas em jornais antigos e livros de historiadores regionais.
Essa “lenda” conta que Antônio de Meneses Vasconcelos de Drummond veio colonizar a região do ‘Tabuleiro’ em 1820 e, logo em seguida, abandonou o local às pressas, deixando enterrada grande quantidade de moedas debaixo de uma figueira no que seria atualmente a Rua Reinoldo Melro, no Arraial dos Cunha.
“Vô Doca dizia que as moedas ‘de um homem rico vindo do Rio de Janeiro’ estavam enterradas em um morro na Estrada de Brusque e, por isso, a comunidade deu o nome de Brilhante à localidade”, relata Magru em um trecho do livro.
Porto de Itajaí
O Porto de Itajaí é um dos mais importantes do Brasil, desempenhando um papel vital no comércio marítimo nacional e internacional. Sua história começou em 1938, quando foi oficialmente inaugurado. Desde então, o porto passou por diversas expansões e modernizações para atender à crescente demanda por importação e exportação.