O vereador Anderson Santos (Podemos), realizou nesta semana uma reunião com o promotor Álvaro Pereira Oliveira Melo, da 6ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, em busca de informações sobre a operação coordenada pelo Ministério Público (MP) em parceria com o Ministério da Agricultura, Cidasc e Vigilância Sanitária que recolheu cerca de cinco toneladas de pescados em três peixarias no bairro da Barra, no dia 29 de março.
No encontro que também contou com a presença da coordenadora regional do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Liara Rota Padilha, Anderson Santos indicou a possibilidade da realização de um convênio entre os trabalhadores e a Colônia de Pescadores para auxiliar na obtenção do Selo de Inspeção Municipal (SIM), acelerando o processo de regularização para que os produtos possam ser comercializados.
“Identificamos algumas indicações que nós poderíamos fazer ao executivo, dentre elas formular um convênio para contratação através da Colônia dos Pescadores de profissionais técnicos que possam dar todo o suporte a essas pessoas, visto que são empresas familiares, dos próprios pescadores que vão lá pescam e depois acabam fazendo todo processo de beneficiamento para depois distribuir”, destacou.
Porém existe um impasse entre os próprios pescadores, enquanto alguns são favoráveis a criação de uma cooperativa com um espaço dentro das normas exigidas pela fiscalização para manipulação dos produtos, outro grupo é contrário a iniciativa. O vereador acredita que com a criação do convênio será possível contemplar os dois lados.
“Esse convênio traz ao invês de ter uma cooperativa, ele consegue subsidiar os profissionais mais caros que são o veterinário e o engenheiro para fazer adequação, por isso partimos para essa iniciativa inicial”, explicou.
Anderson ainda revelou que estranhou o fato de que durante a fiscalização alguns produtos que possuíam nota fiscal e selo de inspeção também foram apreendidos e descartados juntamente com o material irregular.
“Esse foi um detalhe que nós percebemos na conversa com o promotor, inclusive o Rafa, que foi um dos alvos da operação e que perdeu uma enorme quantidade de produtos nos passou, e o promotor achou estranhas algumas atitudes e informações que foram repassadas, e isso a gente cobrou, tem que ser tratado com cuidado esse assunto, não condenado toda a operação, mas a forma que foi feita ela de descartar produtos com nota fiscal, selo, com todo beneficiamento correto e foi simplesmente descartado”, salientou.