O crescimento do número de andarilhos e pedintes pelas ruas de Balneário Camboriú nos últimos anos tem se tornado um dos principais problemas sociais do município, inclusive apontado pelas forças de segurança como determinante no aumento da criminalidade. A prefeitura tem buscado através de ações do Resgate Social e de campanhas educativas conscientizar a população sobre a importância de não dar esmola como modo de enfrentar essa situação.
Um projeto polêmico do vereador David La Barrica (Patriota), pretende contribuir para redução de andarilhos multando as pessoas que forem flagradas dando esmolas em Balneário Camboriú. Segundo o parlamentar, o objetivo da lei não é multar, mas sim criar a consciência na comunidade de que o ato de dar esmolas na grande maioria dos casos alimenta o vício de usuários em drogas e contribui para que mais pessoas em situação de vulnerabilidade ocupem as ruas da cidade.
“Não quero simplesmente punir as pessoas, é mais um ato de conscientizar as pessoas a não dar esmola, um pedido que eu faço a cada um, não dê esmola, só assim vamos estar ajudando. Fizemos uma pesquisa e 99% das pessoas que estão pedindo dinheiro na rua não estão levando dinheiro para sustentar a família, estão sustentando o seu vício em drogas e álcool”, destacou.

David lembrou que não é possível criar uma lei para proibir a atuação de pedintes nos semáforos, pois as pessoas possuem o direito constitucional de ir e vir, e que simplesmente multar os andarilhos não resolveria a questão. Para ele somente com a união entre população e poder público o problema poderá ser resolvido, nem que no primeiro momento seja multando as pessoas que insistirem em doar esmolas.
“Nós do poder público fizemos várias ações para conscientizar as pessoas a não dar esmolas, mas as pessoas continuam dando esmolas, infelizmente as pessoas só tomam a atitude quando mexe no bolso delas, é um ato que para mim como vereador não é legal de estar fazendo, mas pelo momento que vivemos vejo como necessário”, avaliou.
O projeto ainda está recebendo os ajustes finais antes de ser encaminhado a apreciação dos demais parlamentares na Câmara de Vereadores, caso aprovado a prefeitura ficaria responsável pela fiscalização e aplicação das multas que a princípio teriam o valor de 2 UFMs, o que atualmente equivale a 730,34.