Com capacidade para receber cerca 300 animais, a ONG Viva Bicho, em Balneário Camboriú, fechou o mês de fevereiro com 614 cães e gatos abrigados, mais do que o dobro da ocupação máxima.
A tendência é de que esse número cresça ainda mais, com os constantes casos de abandono, a ONG tem uma média mensal de 120 a 140 novas entradas. Enfrentando uma situação crítica, a Viva Bicho procurou a prefeitura e teve atendido o pedido de um aumento nas verbas repassadas. Atualmente o valor mensal enviado pela administração municipal é de R$ 110 mil, que será acrescido em mais R$ 30 mil, totalizando R$ 140 mil/mês, valor que segundo Patrícia Debrassi, integrante da diretoria e secretária voluntária de ONG, se aproxima de R$ 150 mil/mês para custear a estrutura do local.
“Assim que o plano de trabalho for feito e aprovado pela prefeitura, a gente vai começar a receber de 110 para 140 mil, e ele entra na manutenção para pagar as contas fixas que a gente tem, que são os cuidadores que estão aqui, impostos e encargos sociais e tudo mais”, explica.
Outra boa notícia é o interesse da inciativa privada através do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Balneário Camboriú (Sinduscon), em realizar melhorias na sede da Viva Bicho.
“Há uma sinalização por parte da construção civil de Balneário Camboriú, que eles estão se reunindo junto a prefeitura, pensando em alguma forma de vir aqui e fazer a reforma do canil, porque hoje a gente não teria dinheiro para fazer a reforma, esse valor de R$ 140 mil é para manter como está”, revela.
Mas colaborar com a Viva Bicho, não é apenas uma tarefa do poder público ou da iniciativa privada, para a secretária do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloísa Furtado Lenzi, é fundamental que a comunidade também faça sua parte castrando seus animais de estimação e principalmente adotando.
“Cada fêmea pode gerar até 100 filhotes durante sua vida, então não dá para criar animal solto sem ser castrado, as pessoas soltam os animais e acaba acontecendo a reprodução indesejada que gera os problemas relacionados a animais abandonados. Outro papel da população é quando ver um animal na rua, se ele não estiver machucado, e a pessoa puder abrigar o animal ou cuidar dele como animal comunitário, nós já temos legislação que auxilia nisso, e tentar por meios próprios através da sua rede de contatos encontrar um lar para esse animal”, destaca.
Leia também: baixa pressão na rede está deixando moradores do bairro dos Municípios, sem água
Além do aumento no repasse, a prefeitura está estudando junto Conselho de Proteção Animal (COMPA), a criação de ações de conscientização para reduzir os índices de abandono e promover a adoção responsável.
Ouça a matéria:
Quer ajudar a ONG Viva Bicho? Seja voluntário o telefone de contato é o 47 99102-1917 (Patrícia Debrassi).
