O projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Santos (PMP-BS), realizada pela Univali – Unidade Penha, resgatou, na última semana, um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), visitantes típicos desta época do ano. De acordo com as informações repassadas pelo PMP, o animal encalhou na praia após ficar preso em uma rede de pesca.
Os pinguins-de-Magalhães são visitantes anuais das praias brasileiras. Partem das colônias reprodutivas no litoral da Argentina e do Chile rumo ao Brasil em busca de alimento. Os grupos migratórios são formados, geralmente, por indivíduos inexperientes, que estão cumprindo o primeiro deslocamento. Ciclos migratórios são comportamentos importantes para as espécies. Sendo assim, é natural a morte de pinguins fracos, que por razões biológicas não tiveram forças para acompanhar o grupo.
De acordo com o PMP, dados levantados durante mais de cinco anos de monitoramento de praias destacam que, muitos pinguins acabam morrendo por razões humanas, como o emalhe nas redes de pesca. Enquanto nadam livremente no mar pode ocorrer de se enroscarem acidentalmente em uma rede irregular. Quando isso acontece, o pinguim não consegue retornar à superfície para respirar. Esse acidente pode levar à morte por afogamento.
As “redes irregulares” são artefatos de pesca usados por populares que não cumprem com as leis ambientais, instalando redes de espera ou redes fixas próximas de costões ou em áreas de preservação ambiental. Tem, ainda, as redes fantasmas: um emaranhado de fios provenientes de petrechos esquecidos ou abandonados, ocasionando na captura de animais marinhos.
A denúncia de petrechos de pesca irregulares deve ser feita aos órgãos fiscalizadores competentes: Ibama, Polícia Militar Ambiental e setores de meio ambiente municipais.
Fonte: Projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Santos (PMP-BS)