Sete mandados de prisão preventiva são cumpridos no Brasil, três (3) mandados de prisão na Europa, e 80 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Em Balneário Camboriú, e Barra Velha, duas pessoas são alvos da Operação Duplo Risco, da Polícia Federal, que investiga organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de entorpecentes.
A Polícia Federal, em conjunto com o Centro de Operações Especiais – COPE e a Interpol, contou também com o apoio no decorrer da operação das Polícias Espanhola, Suíça e Portuguesa e hoje conta com o apoio aéreo da Polícia Militar.
INVESTIGAÇÃO
Durante a investigação, que iniciou no ano de 2017, foi possível efetuar minucioso aprofundamento do modus operandi destas organizações criminosas, o que possibilitou à Polícia Federal compreender o funcionamento de todas as etapas dos crimes praticados, desde a cooptação de aliciados (vulgarmente chamados de “mulas”), a preparação das malas contendo a droga, a compra de passagens e hospedagens, a orientação e os roteiros para aliciados, até a última etapa, consistente na entrega da droga para os traficantes no exterior.
As pessoas aliciadas eram preparadas para se passarem por turistas e assim levar a droga para o exterior, em especial para a Europa, Ásia e Oriente Médio. Por vezes, as organizações criminosas convenciam os aliciados para levarem seus próprios filhos menores nestas viagens, como mais uma forma de tentar ludibriar a fiscalização.
DANO SOCIAL
Estes grupos causaram grave prejuízo social, uma vez que cooptam jovens que não possuem histórico criminal, geralmente pessoas de baixa renda, sob promessas de lucros fáceis e exorbitantes, iludindo-os com a possibilidade de viagens à Europa com todas as despesas pagas, inclusive aquisição de vestuário para a viagem.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem cumulativamente chegar a 33 anos de prisão.
Por que Duplo Risco?
A expressão “DUPLO RISCO” remete ao fato de que muitos dos aliciados “mulas” viajaram do Brasil para a Europa transportando cocaína e no retorno trouxeram para este País drogas sintéticas correndo, portanto, o risco de serem presos duplamente em cada viagem.