A pavimentação de 350 metros da via interna do Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, em Balneário Camboriú, dividiu opiniões nesta semana. O trecho em questão compreende o trecho de acesso ao parque e aos prédios públicos do local, como a Secretaria do Meio Ambiente, Departamento de Fitoterapia e Viveiro de Mudas Florestais.
A secretária do Meio Ambiente, Maria Heloisa Furtado Lenzi, alega que o trecho asfaltado é para garantir acessibilidade a idosos, cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida aos prédios públicos do parque, considerando o grande fluxo de idosos que o parque recebe.
Além da falta de acessibilidade, Maria Heloisa destaca que a área de acesso ao parque possui grande fluxo de entrada e saída de caminhões para manutenção que compromete a manutenção das vias. “Para manter a via do Parque Raimundo Malta, nós tínhamos que colocar constantemente rachão para manter o piso transitável e isso, ao caminhar para uma pessoa de idade, é complicado”, justifica.
Com 172.625 m², seis trilhas ecológicas, vegetação nativa e animais silvestres e 17 hectares de área, Maria Heloisa argumenta que a área pavimentada não representa 1% da área total. “A permeabilidade continua garantida, inclusive reduzindo a poeira que pode prejudicar a saúde das plantas,” explica.


PLANO DE MANEJO
Entretanto, a polêmica refere-se ao descumprimento do Plano de Manejo do parque, elaborado em 2018 por técnicos da Univali. No documento consta que as pressões sobre os recursos naturais do parque englobam seis principais classes de pressão humana como urbanização, poluição hídrica, uso de veículos no interior do parque, impactos da visitação, presença de resíduos e caça. Segundo a secretária, o documento não há nada no plano de manejo que se refira a pavimentação e a obra foi aprovada pelo Conselho Gestor.