A localização estratégica, a margem do rio, a possibilidade de um porto para as embarcações e a vasta madeira foram alguns dos motivos para que os imigrantes que chegaram em Itajaí ainda no século 18, não fossem mais embora. De acordo com o historiador e escritor Edson D’Avila, a riqueza da cidade potencializou a chegada de moradores de outras cidades.
“Itajai sempre foi uma cidade plural e inclusiva. Até hoje as pessoas que chegam se encantam e querem ficar aqui. Vejo que por dois motivos: a índole do povo português e açoriano; e quem fica perto do mar, como nós ficamos, tem o conhecimento cordial com todo mundo, com navegantes, marinheiros, os que vem e os que vão. Isso deu a característica de empatia para a cidade”, contou o D’Avila.
Em 1824, os moradores decidiram criar uma comunidade ligada a uma igreja, explicou o historiador. A igreja foi a primeira igreja matriz, conhecida como Igrejinha da Imaculada Conceição, atualmente tombada pela representação cultural para a cidade. “Ao redor dela [igrejinha] os moradores que antes estavam espaçados começaram a se fixar, dando origem ao núcleo urbano que hoje é o centro de Itajaí”.
D’Avila informa que o município é a “mãe” das cidades vizinhas, como Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Penha, Piçarras e outros. Segundo ele, a formação se iniciou no século 19, completando quase 200 anos, entretanto, nesta quinta-feira, 15, é comemorado o dia de Itajaí, com 163 anos da emancipação administrativa.
Votos de aniversário
O historiador presenteia sua cidade com um desejo. “Que nós itajaienses, que nascemos ou adotamos a cidade para morar, continuemos a construir essa cidade progressista, inclusiva e que tem possibilidade cada vez mais de se destacar no cenário econômico, social e cultural”.