O Sindipi (Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região) solicitou ao Governo Federal a revisão da medida que pode zerar a alíquota de importação da sardinha em lata. A proposta, anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reduziria o imposto de 32% para zero, o que, segundo o sindicato, pode levar ao colapso da indústria conserveira nacional.
SC é responsável por 80% da produção de sardinha em lata
Santa Catarina é o maior polo da sardinha enlatada no Brasil, produzindo mais de 80% do total comercializado no país, especialmente na região de Itajaí e Navegantes. O setor movimenta uma cadeia produtiva consolidada, com cerca de 180 embarcações responsáveis pela captura, além de gerar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos.
A sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) tem grande relevância para a pesca nacional e sua captura é regulada há décadas, com períodos de defeso para garantir a sustentabilidade. Em 2024, o Brasil registrou uma safra histórica de mais de 100 mil toneladas, suprindo mais de 90% da demanda da indústria conserveira.
O Sindipi protocolou um ofício nesta segunda-feira (10) pedindo a revisão imediata da medida. O tema será discutido em uma reunião entre o presidente do sindicato e o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, prevista para a próxima semana em Brasília.