Com a chegada da temporada de verão é comum ver indígenas pelas ruas de Balneário Camboriú vendendo artesanato e em alguns casos até pedindo esmola, fato que poderá ser visualizado a partir da próxima semana quando o primeiro grupo de índios da etnia kaingang devem chegar na cidade a partir de terça-feira, 13.
Como ocorreu nos últimos anos, a Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, ficou responsável por providenciar um espaço para receber e abrigar os mais de 400 indígenas que são aguardados em Balneário Camboriú. Uma “conta” que nas palavras da própria secretária da pasta, Christina Barichello, não pode ser paga apenas por um município, tendo em vista que atuação dos índios se estende a outros municípios da região, como Itajaí, Itapema e Bombinhas, por exemplo.
“Balneário Camboriú é uma cidade que sempre abraça a todos, mas que existe uma questão que não pode ser só Balneário Camboriú a pagar a conta, após inúmeras reuniões que nós tivemos com o Ministério Público Federal, com FUNAI, com Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, nós deixamos bem claro que nós concordamos em fazer parte disso, em ajudar a pagar essa conta, mas não a fatura sozinha”, avaliou.
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Barrichello deixou claro que não é contrária a presença dos indígenas, a sugestão da secretária é a criação de um consórcio regional, onde a responsabilidade e os recursos para receber os índios seria dividido entre os municípios onde eles praticam a venda de produtos.
Na temporada passada, um grupo de aproximadamente 300 índios, foi acomodado em um terreno ao lado da Casa de Passagem, as margens da BR-101, fato que motivou um processo da Arteris contra a prefeitura pela proximidade que o acampamento estava da rodovia. Nesse verão, eles voltarão ao mesmo local, confirmou Pastor Nena, que está na coordenação da Casa de Passagem.