O governo de Santa Catarina, por meio da secretaria de Aquicultura e Pesca, propôs “crédito de tainha” para viabilizar a pesca industrial da espécie no litoral catarinense, cessado neste ano pelo governo Federal como medida de repovoamento do pescado. Na tarde de terça-feira, 18, o secretário Tiago Frigo esteve no laboratório de reprodução de tainha do Departamento de Aquicultura da UFSC para verificar a viabilidade de produção em larga escala de alevinos do peixe.
“Uma das ideias que surgiram ontem no evento do AquaVitae é criar um crédito de tainha, pensando num repovoamento a partir das cotas que forem consumidas pela pesca para que sejam compensadas, trazendo mais sustentabilidade para atividade. Na semana passada nós estivemos em Brasília, junto com o governador Jorginho Mello e com o Fórum Parlamentar Catarinense, discutindo a questão das cotas da tainha. Neste encontro com o ministro ele se comprometeu em criar um grupo com os técnicos para discutir a cota também para 2024. Na semana que vem nós vamos retornar a Brasília e pretendemos apresentar um novo ofício com a proposta”, disse o secretário.
Segundo o Estado, a ideia é compensar as cotas pescadas. Neste ano, a pesca industrial foi proibida e a cota para a captura artesanal foi definida em 460 toneladas. O valor corresponde a 50% do definido em 2022.
Com a possibilidade do repovoamento, a secretaria pretende formalizar uma proposta para discutir a compensação das cotas de tainha já em 2024. Outra alternativa é a criação de um fundo para viabilizar o repovoamento da espécie e a sequência da atividade.