Uma influenciadora e empresária de Itajaí foi presa na tarde de segunda-feira (30), suspeita de praticar golpes em comerciantes da região, por meio de compras on-line. M. R. L. C., 32 anos, possui mais de 200 mil seguidores nas redes sociais e em sua residência, segundo a Polícia Civil, foram encontrados diversos produtos ainda com etiqueta, avaliados em aproximadamente R$ 40 mil. Na tarde desta terça-feira (31), a Justiça concedeu liberdade provisória para M. que, caso responda uma ação penal, será em liberdade.
A delegada Grace Clos, explica que suspeita utilizava as redes sociais para fazer o contato com os comerciantes de roupas, sapatos, produtos de beleza e bronzeamento, em valores que variavam entre R$ 5 e 15 mil o pedido. “Ela pagava com cartões de crédito de terceiros, que desconheciam essa despesa e depois contestavam a despesa. Porém, quando acontecia, os pedidos já tinham sido entregues para a golpista”, comenta. Até o momento, três vítimas foram identificadas.
ENTENDA O CASO
Após monitorar a principal suspeita de praticar diversos golpes em comerciantes da região por meio de compras on-line, o Setor de Investigação Criminal de Itajaí (SIC) da Polícia Civil, realizou a abordagem da empresária e influencer na frente de seu estabelecimento comercial e flagraram diversos produtos recém adquiridos pela internet, de forma ilícita.
No local, a equipe ainda encontrou três máquinas de bronzeamento artificial. Foi feito contato com a Vigilância Sanitária, que interditou o estabelecimento. A equipe constatou que os demais produtos adquiridos ilegalmente estariam em sua casa localizada no bairro Vila Operária, onde foram encontrados diversos produtos novos, ainda com etiqueta, avaliados em R$ 40 mil. A empresária foi encaminhada ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.
ATUALIZAÇÃO
A Justiça relaxou a prisão em flagrante e concedeu liberdade à empresária Mayara Rafaela Lima Correa, durante audiência de custódia, na tarde desta terça-feira (31). Segundo o Advogado Criminalista Franklin Assis, a defesa alegou não haver necessidade de conversão da prisão em flagrante para preventiva, sustentando que medidas cautelares seriam suficientes para garantir a ordem pública.
Mas diante da análise dos elementos do auto de prisão em flagrante e da condução, o Juiz entendeu porém, que a conduta foi atípica não vinculando a atividade da empresária a nenhum crime reestabelecendo porém a liberdade imediata. Por conta disso, não haverá medidas cautelares, como havia sido informado anteriormente.
Agora o processo será encaminhado para o Ministério Público, que vai analisar o caso e decidir se oferece denúncia ou não.