Um homem condenado por crime cibernético foi preso pela Polícia Civil de Santa Catarina nesta terça-feira, 28, em Balneário Camboriú. O foragido integrava uma organização criminosa que aplicava o golpe do falso motoboy. Os policiais civis o prenderam em sua residência, localizada em um bairro nobre da cidade.
O criminoso estava foragido do Distrito Federal e foi localizado por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, em apoio a DCPI/DF.
Ele era responsável pela coleta do cartão das vítimas e foi condenado por utilizar informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
Golpe do falso motoboy
O golpe começa com uma ligação telefônica de um criminoso se passando por um falso atendente de banco. Quando esse primeiro contato é feito, o golpista já tem informações como nome completo, telefone e instituição bancária em que a vítima possui conta.
O falso atendente tenta confirmar com a vítima compras feitas em seu cartão de crédito. Quando ela nega e solicita o cancelamento, o criminoso mente que o cartão foi clonado e precisa ser bloqueado. É solicitado que o titular digite a senha e corte o cartão ao meio.
Do outro lado da linha, o golpista diz que um motoboy irá buscar o cartão para que seja feita uma perícia policial. A vítima informa o endereço e entrega o cartão cortado. No entanto, as informações ainda estão legíveis e o chip intacto.
Dessa forma, os criminosos utilizam o cartão para compras e quando a vítima percebe que sofreu o golpe, já foi utilizado o limite de crédito.
De acordo com o Serasa, fraudes como essa geralmente são sofridas por pessoas que têm pouca familiaridade com o uso de aplicativos de bancos. A orientação é não passar nenhuma informação por telefone e entrar em contato com o banco pelos canais oficiais disponibilizados.