Após reclamações de superlotação no transporte coletivo de Balneário Camboriú, o secretário de Segurança Pública e diretor-presidente do BC Trânsito, Evaldo Hoffmann, informou que os veículos do BC Bus estão operando com um contrato emergencial de 90 dias.
O secretário explicou que a atual gestão assumiu o transporte coletivo no formato vigente, com o contrato válido até 6 de janeiro de 2025. Diante desse cenário, foi firmado um contrato emergencial de 90 dias para viabilizar estudos técnicos que definem o modelo ideal de serviço a ser implementado no município.
“O BC Bus custa a Balneário Camboriú 14 milhões de reais por ano. O modelo é o de contratação e tem um dos km rodados mais caros de Santa Catarina. Estamos propondo que o serviço seja concedido por 20 anos através de processo licitatório próprio”, comentou o secretário.
Hoffmann informou que a BC Investimentos está auxiliando o BC Trânsito na estruturação desse processo, pois o estacionamento rotativo, que deveria subsidiar o transporte com tarifa zero, vinha registrando um prejuízo financeiro de R$ 1 milhão por ano.
“Também estamos remodelando o estacionamento rotativo, principalmente depois da derrubada do veto da lei que proíbe a fiscalização do estacionamento rotativo por meio de equipamento eletrônico”, informou.
O secretário informou que, mesmo com o transporte coletivo passando pela concessão ou contratação, a tarifa continuará zero para os usuários.
Reclamações de superlotação
O número de reclamações sobre superlotação no BC Bus, especialmente na região das praias agrestes, tem aumentado nos últimos meses. Nessas localidades, é comum que turistas e moradores utilizem o transporte público para voltar das praias, resultando na lotação de veículos.
Uma imagem enviada à Rádio Menina no último fim de semana mostrava um ônibus superlotado, com pessoas ainda aguardando para embarcar. Um morador relatou que essa situação pode, a qualquer momento, causar um acidente.
A BC Trânsito respondeu que, conforme previsto no contrato, 16 ônibus estão em operação. No entanto, o secretário afirmou que a empresa Transpiedade foi acionada para disponibilizar veículos reservas e atender a demanda. “Mas lembro que isso terá custos para o município”, finalizou.