O alargamento da areia da Praia Central começou “oficialmente” neste fim de semana. Com direito a palco e solenidade para ver os tubos descarregar a areia, o momento foi acompanhado por centenas de pessoas que foram lá para ver o auê.
Desde os anos 90 fala-se no alargamento da Praia Central, isso é fato. Em 2000, um plebiscito chegou a ser feito para saber a opinião da população. O máximo que se chegou para a execução do projeto foi a elaboração do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental em 2014. Depois disso não andou.
O atual prefeito colocou como objetivo de vida, até acho que exageradamente. Mas avançou, atualizou estudos, conseguiu licenças e enfim o projeto saiu do papel e já está sendo executado. E olha que teve gente que fez de tudo para a coisa não acontecer.
Por mais atual que seja a obra, é claro que brotou pai de tudo quanto é lugar. É aquele velho ditado, “Filho feio não tem pai”. Assim como teve críticos, gente que amanheceu no domingo com vontade de reclamar e arrumou problema com tudo que envolve a obra.
Dores e shows a parte, o alargamento é importante para a nossa cidade. A obra em si já é ponto turístico e palco de fotos e vídeos. A economia agradece.
Reclamando
Tem uma página no Facebook, criada em julho de 2018 para atacar o alargamento, que ninguém sabe de quem é, que usa linguagem técnica para dizer isso ou aquilo da obra. A última postagem, de ontem a tarde, diz que a prefeitura pagará a mais no m3 de areia pois ela está vindo com muita água, usando a foto da primeira descarga. São tão técnicos que não sabem que a primeira descarga vem mais aguada justamente para verificar as conexões da tubulação. Porque não colocam a foto de hoje, na quarta descarga, onde já é visível a diferença com apenas um dia de trabalho?
Reclamando II
Dos que hoje reclamam, dos que ficaram quietos e dos que comemoraram, teve quem batia ponto na antiga FATMA, pedindo por favor para não liberarem a primeira licença ambiental prévia (LAP). Teve quem articulou para trazer um grandão da marinha para tentar convencer órgãos de controle que tinha coisa errada. É claro que se tem coisa errada, tem que fiscalizar. Mas procurar motivos para travar? Não deu né?
Manifestação
O Sindicato dos Servidores de BC ameaçou manifestação caso o prefeito não atenda os representantes para ouvir os pedinchos da categoria. Sim, aquele sindicato que representa os servidores e tem como presidente o ex-secretário da fazenda do governo Castro. Aquele governo que deixou os servidores 6 meses sem salário.
Entre as manifestações está o pedido de um novo concurso público. Oi? A educação de BC tem hoje mais de 2400 profissionais para pouco mais de 15 mil alunos na rede. Ta sobrando gente e querem contratar mais?
Outra reivindicação é o cartão alimentação para a geral. Hoje o benefício é concedido apenas para servidores com remuneração abaixo de R$ 4300,00. Nas redes sociais, a gente vê servidor da educação com salário de 10 mil reais pedindo cartão alimentação. É piada né?
Utilidade Pública?
O vereador Patrick Machado (PDT) protocolou um projeto para reconhecer como utilidade pública o instituto Pro-Natura. O instituto tem características de “instituto de gaveta”. Com CNPJ ativo desde 2016, se procurar o endereço, não acha. Não tem sede, não tem trabalhos realizados, não é conhecido na cidade e só “mostrou a cara” na ação que quis brecar a construção da Big Wheel. Se não me falha a memória, atuou contra o alargamento também.
A justificativa do projeto é genérica, não fala quais ações foram feitas na cidade, não fala da diretoria e não conta alguma história interessante na atuação da instituição. Aquela historinha de sempre “Tendo em vista sua atuação junto a sociedade”, mas qual?
Na presidência do instituto, que diz atuar na preservação e recuperação do meio ambiente, tem uma pessoa que é sócia em uma empresa que desenvolve projetos e presta consultoria na emissão de licenciamentos ambientais. Protesta contra ela mesma?
Só espero que os vereadores vejam bem o que vão estar endossando.
Denúncia contra secretário de segurança
Brotou neste fim de semana uma denúncia por uma suposta ameaça do secretário de segurança, Gabriel Castanheira, contra o ex-comandante da GM. Na hora que recebi o material, cantei uma bola. Em contato com uma fonte na segurança, a bola se confirmou sem que eu falasse uma palavra.
O ex-comandante Coutinho diz que o secretário o ameaçou. O secretário rebate, diz que nunca ameaçou ninguém e justifica a suposta denúncia. Antes de receber o material, ouvi que uma galerinha estaria meio “atravessada” com o prefeito.
De acordo com o secretário, muita gente ainda não digeriu a mudança no comando da corporação, que é eletiva e prevista no estatuto. Quem também não teria digerido seria o próprio Coutinho.
Ainda não ouvi as partes, mas vou me aprofundar sobre o assunto e trago mais detalhes. Que está estranho, está.