Conversando com um amigo nesta tarde, sobre os acontecimentos em Brasília, a CPI e o governo Federal, cheguei a conclusão que Balneário Camboriú é na verdade um “mini Brasil”. As semelhanças com tudo que nosso país tem, é impressionante.
Desde o poder executivo, o legislativo até a imprensa. Tudo é muito semelhante e as histórias se repetem, lá e aqui, com as mesmas características.
Na coluna de hoje vou citar alguns exemplos que você vai entender como a “Pequena República de Balneário Camboriú”, não é tão diferente do que vemos acontecendo na capital de todos os brasileiros e por toda pátria amada.
No executivo
Assim como muita coisa passa longe das vistas de Bolsonaro, aqui em Balneário Camboriú não está muito diferente. Tem coisas que acontecem nas secretarias que é difícil entender que o chefe do executivo municipal esteja ciente. Assim como acontece em Brasília, aqui também tem uma casta de “blindadores” que evitam que alguns problemas cheguem até o prefeito. E falo isso há anos. Em Brasília, o alvo principal é Bolsonaro. E não interessa quem seja o bagrinho que faça a sujeira, a bomba cai no colo do presidente. O mesmo se repete com Fabrício que, quando menos espera, só sente o estouro indo pra cima dele. E olha que o prefeito desconfia de tudo e de todos. Tem que se informar mais.
No legislativo
Tem o grupo que quer derrubar o chefe do executivo de qualquer jeito. É denúncia furada, protocolos no Ministério Público e teatro na tribuna. Tal qual na Câmara dos Deputados, o legislativo também tem a turma que defende a todo custo e na falta de informação para defender o governo, fala umas besteiras também. Estão tentando mas até agora nada. Ainda acho que a oposição é fraca e da alguns tiros no pé. Tanta coisa para bater, eles se apegam a cada asneira.
Imprensa
Tem veículo de comunicação a nível nacional que tem feito de tudo para desgastar o presidente. Mudam informações, tendenciam dados e usam a notícia de acordo com a própria vontade. Na imprensa brasileira vale até um processinho por calúnia, não da nada. A indenização vale a pena frente ao desgaste causado com a mentira criada e contada. A desinformação tem por aqui também. Assim como tem os que atacam a todo custo, tem aqueles que fazem cara de paisagem para os fatos mais absurdos e estão prontos para defender caso precise. A principal semelhança entre todos estes é rapidez que a opinião muda de acordo com o número da fatura.
Comércio em apuros
O IGPM para junho chegou na casa dos 36%. Para quem tem renda de proveniente de aluguel e tem contrato com reajuste baseado no índice, é uma maravilha. Para o empreendedor, nem tanto. Há dezenas de salas comerciais fechadas na Av. Brasil, um dos alugueis mais caros do município. E acham que alguém baixa o valor para alugar? Jamais! A tendência é fechar mais e mais comércios.
Tive a sorte de aplicarem ao meu contrato metade do IGPM, mesmo assim, 18% foi muita coisa na atual circunstância. Quem se prejudica nessa história toda é o comerciante que amarga esse prejuízo. Fica difícil ter bom preço pagando absurdos de aluguel. Bom senso por parte dos proprietários de imóveis, seria interessante.
Aberração
Em Brasília, a CPI aberração tem buscado de todas as maneiras colocar o presidente como culpado de alguma coisa. A aberração começa quando uma CPI tem como investigador, Renan Calheiros, um cara que não tem moral alguma para investigar ninguém, muito menos no que se refere a saúde. Além de Wizard, agora convocaram Luciano Hang para depor. Me diga, o que um empreendedor que apoiou a compra de vacinas pela iniciativa privada tem a dizer em uma CPI? Se isso não é carnaval, não sei mais o que é.
No desenrolar da denúncia da propina da vacina, os veículos de imprensa dão pouquíssimo destaque no fato do laboratório AstraZeneca ter negado que a empresa a represente para venda de vacinas. Ou seja, um representante de uma empresa americana acusa um diretor de cobrar propina sobre algo que a empresa nem pode vender. Sem contar que a própria empresa ter dito que nunca houve qualquer negociação ou proposta para venda de vacinas para o Brasil. Isso a grande mídia também não fala muito.
Vender o que?
Vale lembrar que em julho do ano passado, o Governo Federal assinou um termo na qual entrou com a FioCruz de parceria no desenvolvimento e produção da vacina da Oxford/AstraZeneca, inclusive com transferência de tecnologia para o Brasil. Na data que alegam que o diretor teria pedido propina, as vacinas já estavam sendo entregues nos municípios.
Ai eu pergunto: Como que o governo negociaria uma vacina que ele ajudou a bancar o desenvolvimento e produção? Uma vacina que inclusive está sendo produzida aqui no país e tem ligação direta com o laboratório responsável? E ainda, pedir propina para uma vacina que ele mesmo deve negociar em breve através da FioCruz? Ta muito estranho isso né?
Habemus Ponte
A ponte da marginal leste finalmente saiu. Depois de 30 meses, com um atraso absurdo e com muito transtorno, eu teria vergonha de fazer uma cerimônia para “inaugurar” a obra. Abre para o povo usar e pronto, depois faz vídeo e foto no local. Mas aquela cerimônia toda com um monte de figurante querendo tirar foto, foi cômico, para não dizer trágico.
Exportação de andarilhos
Um carro da Assistência Social de Camboriú foi flagrado deixando dois homens no Bairro Cidade Nova em Itajaí. Empresários do bairro flagraram a situação por uma câmera de segurança. Os dois saem do carro, pegam sacos de roupa no bagageiro do veículo e saem andando. Seria apenas uma carona? Exportação de andarilhos? Uber Social? Ta ai uma grande dúvida. Independente do caso, a situação está errada.