No início do século XX, uma jovem desafiou um casamento marcado pela violência, mostrando coragem e resiliência em uma época marcada por tradições inflexíveis…A história, que iniciou no Vale do Itajaí, terminou na Praia de Camboriú em 1945.
Baseada em fatos reais, esta é a trama do 26º livro do historiógrafo de Balneário Camboriú, Isaque de Borba Corrêa, que lança seu primeiro romance, chamado ‘A Fazenda do Amante’.

Após quase 40 anos dedicados à pesquisa e à transcrição de textos históricos, Isaque está pronto para alçar novos voos.
“Eu diria que quem escreve sempre tem essa expectativa de escrever melhor, de forma mais elaborada. Como historiógrafo, eu pesquisava, resumia e entregava, mas sempre quis um dia escrever melhor, um romance, mas nunca tive oportunidade. Não tinha criatividade para escrever uma ficção”, recorda.

Porém, a inspiração e alternativa estava ao seu alcance. “Então aproveitei uma história real, fui elaborando, com o tempo fui melhorando, fui revisando várias vezes, até achei que estava pronto”, explica.
Apesar de ser o primeiro romance publicado, Isaque já possui outra história pronta, também baseada em uma pesquisa própria, sobre Dom Paio Peres Corrêa, que foi o 27º grão mestre da ordem de Sant’Iago da Espada.
“Porém, como tive a oportunidade de publicar alguma coisa, eu achei que uma história mais próxima, que se passou no Vale do Itajaí, no Balneário Camboriú, sendo que a protagonista está sepultada em Camboriú, eu resolvi publicar primeiro esse”, comenta.
O lançamento será na sexta-feira, 17, na Fundação Cultural de Camboriú, às 19h. A fundação está localizada na Rua Hercílio Zuchi, nº 160, no Centro de Camboriú.
SINOPSE

No início do século XX, em uma época marcada por tradições inflexíveis, Maria Göphrich Seyferth, uma mulher deslumbrante, desafiou audaciosamente um casamento marcado pela violência. Com ajuda do capataz Zé Vinteum, ela empreendeu uma fuga espetacular da imponente FAZENDA DIAMANTE, na cidade de Rodeio, no Vale do Itajaí. Juntos, embarcaram em uma jornada épica, desafiando preconceitos, perigos e enfrentando uma caçada implacável que perdurou por 25 anos. É uma história verídica e envolvente de uma mulher corajosa, que ousou deixar para trás a riqueza da fazenda, buscando a felicidade incerta pelo mundo.
Maria, por ser loura, alta, bonita e inteligente, enfrentou desconfianças dos catarinenses do litoral, durante os anos da guerra. Seu companheiro, um homem baixo, analfabeto, preto e feio, enfrentou discriminações nas comunidades alemãs do Vale do Itajaí, por onde empreenderam a fuga.
Depois da fuga com o capataz, o povo passou a chamar a fazenda de ‘A FAZENDA DO AMANTE’, título pejorativo que incitava ainda mais a ira do proprietário abandonado pela esposa e traído pelo capataz. Esta narrativa genuinamente catarinense revela intrigas, mistérios, coragem, preconceito e superações que ressoam através das décadas.
Maria, nasceu em Apiúna em 1881, fugiu em 24 de dezembro de 1920. Sua jornada a levou por Pomerode, Blumenau, Gaspar, Ilhota e Itajaí, onde sobreviveu prestando pequenos serviços. No entanto, a tuberculose a alcançou, e ela partiu para a eternidade na Praia de Camboriú em 21 de julho de 1945,
Quando saiu da fazenda deixou seis filhos: o mais velho com 21 anos e o mais novo com cinco. Oito dias antes de sua morte, ela enviou um telegrama para a família, relatando a situação. Após 25 anos sem vê-la, será que algum dos filhos quis estar ao lado de sua mãe moribunda?
‘A FAZENDA DO AMANTE’ é uma narrativa poderosa que irá prender você da primeira à última página, uma história que desafia convenções e exala coragem e resiliência numa jornada em busca da liberdade.